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As estatinas aumentam o risco de infarto?
No fim de semana, zapeando no instagram me deparei com um perfil de um profissional de saúde alegando que o uso de estatinas não é necessário e que o tratamento do fígado poderia reduzir o colesterol. E justificava o post dizendo que usar estatinas não reduzia a ocorrência de infarto e problemas do coração.
Afinal isto é verdade?
Não, isto não é verdade, e vamos te ajudar a entender o papel do colesterol nas doenças do coração e como o uso de estatinas é uma ferramenta fundamental na prevenção das doenças e da morte cardiovascular.
A descoberta do colesterol remonta a 1784, quando foi isolado a partir de cálculos biliares. o colesterol livre é transportado no sangue através das lipoproteínas, principalmente pela LDL e em menor proporção pela HDL e a VLDV,
O colesterol, no organismo, tem funções desde as fases iniciais do desenvolvimento fetal até o fim da vida do indivíduo, sendo as mais importantes as que se relacionam com as membranas celulares, a síntese de hormônios esteroides e a síntese de sais biliares e de vitamina D.
A maioria do colesterol endógeno é sintetizado no fígado. O colesterol presente no organismo dos mamíferos é proveniente da dieta (20%) e da síntese endógena (80%). Diferentemente do colesterol Os TGs representam a maior parte das gorduras ingeridas
A síntese de colesterol ocorre no citosol e no retículo endoplasmático de todas as células nucleadas do organismo a partir da acetil-CoA.
Em teoria, todas as células dos mamíferos, excetuando eritrócitos maduros, têm a capacidade de sintetizar colesterol. Contudo, a síntese endógena ocorre primariamente, em mamíferos, em nível de fígado e intestino, sendo que os tecidos extra-hepáticos contribuem com uma fração menor.
A regulação da síntese é feita nos seus passos iniciais, por vários mecanismos operados sobre a HMG-CoA redutase, que controlam a sua quantidade e atividade, O ponto de controle da síntese do colesterol é a enzima HMG-CoA redutase.
A expressão dos LDL-Rs nos hepatócitos é a principal responsável pelo nível de colesterol no sangue e depende da atividade da enzima hidroximetilglutaril (HMG) CoA redutase, enzima-chave para a síntese intracelular do colesterol hepático.
As estatinas atuam regulando a função da HMG-CoA redutase e inibem a síntese de colesterol.
A formação da placa aterosclerótica inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devida a diversos fatores de risco como dislipidemia, hipertensão arterial ou tabagismo. Como consequência, a disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da íntima às lipoproteínas plasmáticas, favorecendo a retenção das mesmas no espaço subendotelial. Retidas, as partículas de LDL sofrem oxidação, causando a exposição de diversos neoepitopos e tornando-as imunogênicas.
O depósito de lipoproteínas na parede arterial, processo-chave no início da aterogênese, ocorre de maneira proporcional à concentração dessas lipoproteínas no plasma.
As estatinas atuam de duas formas na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares: reduzem o nível de colesterol no sangue e com isto diminuem a possibilidade de colesterol se depositar na parede das artérias. Outro ponto de atuação das estatinas é o chamado efeito pleitrópico, em que elas atuam na parede do vaso, diminuindo a inflação que as partículas de LDL oxidado promovem e com isto interrompendo a progressão da formação da placa de aterosclerose.
Não caiam em Fake News, isto pode custar a sua saúde, procure por informação de qualidade para te orientar nos seus cuidados com a sua saúde!